O Vice Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças, Olavo Correia afiançou esta terça-feira, 04, aquando da apresentação do primeiro Plano Nacional do Emprego de Cabo Verde, na cidade da Praia, que o Governo está a trabalhar para a instalação do Observatório Nacional do Emprego de Cabo Verde.

Segundo o Governante, o Observatório Nacional do Emprego “deverá ficar domiciliado no Instituto Nacional de Estatística (INE) e deverá fornecer informação permanente em relação ao quadro do emprego, de modo a permitir ajustamentos constantes das políticas públicas para a mudança deste cenário que nos preocupa a todos”.

Esmiuçando o cenário, Olavo Correia lembrou que “temos atualmente em Cabo Verde, cerca de 65 mil jovens que estão fora do emprego, fora da educação e excluídos da formação profissional. Desses, 36 mil são mulheres. Deste quadro, 40 mil têm o nível secundário da formação que necessitam de encaminhamento tanto à formação superior, como profissional”.

O número dois deste Executivo defendeu ainda que “estes dados são um incentivo acrescido para que possamos alterar o estado das coisas”. Manifestou-se, entretanto, otimista, ao enfatizar que Cabo Verde está hoje a viver uma janela de oportunidade demográfica, pelo que garantiu que o Estado não vai permitir que os jovens continuem fora do cenário laboral e do quadro estudantil. Daí ter afiançado que o Executivo está a tomar medidas para massificar a formação e estágios profissionais, de forma a que o Estado possa garantir oportunidades a aqueles que queiram trabalhar.

Olavo Correia realçou ainda que o Executivo está completamente focado na criação de um ecossistema propício para prosperar – com a promoção do empreendedorismo, a reconversão profissional, um quadro fiscal favorável ao emprego e empregabilidade jovem.

Lembrou ainda que a proposta de Orçamento para 2019, traz vários instrumentos, nomeadamente quanto ao financiamento, o reforço das instituições de microfinanças e enfatizou que o Estado tem ao dispor, o Pro-Garante, Pró-Capital e a Pró-Empresa. Enfatizou ainda que o Executivo está a reforçar o quadro para as grandes empresas “porque são efetivamente elas que criar mercado para as menores”.

“Outra grande medida deste Governo tem a ver com a redução da carga fiscal, na criação e fomento da relação de confiança entre o Fisco e os contribuintes, igualmente estamos a trabalhar na criação de um ambiente de negócios propício à inovação empresarial”, disse.

O Vice Primeiro-Ministro aproveitou ainda para agradecer ao Governo Luxemburguês, pelo financiamento do Plano Nacional do Emprego e às Nações Unidas e a Organização Internacional do Trabalho, encarregues pela execução do plano.